16 setembro 2009

Mundos de sabão

Entra comigo então nessa floresta negra
Leva-me bem junto a ti 
num olhar...num bater de coração partido
Abre a caixa que trazes esquecida na algibeira
onde um dia morou o anel brilhante da minha dor
Fecha me la dentro 
E deita-me bem fundo nessa terra castanha
...que um dia me vai ver erguer vazio.

Será que vou ver o mundo passear-se sem mim?
Irei me erguer apenas para ver o que não existe
Será que um dia serei capaz de me erguer?
Será que tu ainda ficaras olhar me a levantar?
Ou seguiste pela floresta dentro
Sem futuro e com o passado enterrado nesta caixinha

Apenas salgado será o mundo
Sem sorrisos brancos nem florires de desejo cru
Sem asas de voar no vento que parou
O mar secou ...não posso mais ouvir te cantar
As tuas cicatrizes já não dão mais a costa
E as arestas da minha boca ...apenas selada

Foto : http://olhares.aeiou.pt/Anyneva

(Pois este não foi escrito por nós os dois, como os outros, mas sabes que foi o teu poema que me me levou a escreve-lo, espero que gostes e não leves a mal)

16 junho 2008

Chuvas de azul celestial


Talvez te dê mais um sorriso, ou simplesmente mais nada...

Faço-te esquecer és única, somente para poderes ser tu a sabê-lo,

Especial...é ficar com esse olhar beijado no meu,

Faço brilhar o calor da tua mão na minha,

buscas o infinito nos últimos raios de sol,

e nele está o reflexo do meu amor por ti

O teu cabelo imóvel a passagem da brisa, imóvel...preso no meu coração.
O momento livre e único, aquele doce veludo que escapa do céus,
que por momentos entra em nós, e nos faz sentir que somos um do outro.
Que nos invade a alma com paz, e ao dizer amo-te, entrego-me, nu.

Tudo isso gravado na memoria...
O dia em que te amei...
O dia em que sonhas-te que me amavas...
O Sentimento que saiu de ti, para sempre,
Regressou ao céu onde pertence.

Agora és livre para voltar a brilhar, brindar com a tua luz...

Eu, esmoreço, tal estrela cadente, caindo suavemente na areia
Olho o céu ... recebo o teu brilho e o teu sonho...
de ser eternamente teu

Foto:
www.olhares.com/paulomed

06 junho 2008

Livre em azul sangue


A espada tombada, suja de sangue
nunca mais eu vou trazer-te o sorriso ao olhar...
as flores que trazias no colo, o amor que davas de coração aberto
a inocência do olhar para sempre perdido, sim, eu sei, fui eu que o roubei.

Como podes ter partido assim, porque não lutaste?
Até a morte aceitas, submissa, de sorriso tímido...
E agora eu estou só, carregando o teu invólucro, vazio,
concha frágil, sem alma, para um dos céus que ainda brilham.

Porque ainda te vejo? E porque estás feliz?
Feliz e eu, tão vazio de ti, do teu calor, do teu ser.
Olha a minha volta…nada mais que o meu amor vive
já nem eu vivo sem ti…sobrevivo… deixo o coração bater...

Só me resta esta espada com a tua essência,
o teu sangue vermelho rubi manchando o aço.
Entra em mim e leva-me contigo,
Em breve, nem o sol brilhará, nem a lua sorrirá
o mundo está desfeito em lágrimas por ti.

Tu que sempre foste tão pacificadora,
não sejas a causa da destruição do meu mundo!
És amor e não ódio, és paz e não tormento,
És vida e não a minha ruína,
volta ou leva-me contigo antes deste sangue secar,
lamos os dois mergulhar no lago da esperança,
lavar as feridas passadas, sair e secar as asas
na brisa do amor imortal…

Foto : http://www.olhares.com/kp4050

23 maio 2008

Desespero baço


Sinto que entro em suicídio,
seduzindo a morte como uma amante,
fora de mim, observo-me, perco-me
de tudo o que vi e sei, num relâmpago,
iluminando a alma em câmara lenta,
que vivi, sem motivo para morrer....

Levei a sede de consumir para longe...
as verdades, que apenas eram mentiras,
menti ao dizer a verdade, sem o saber,
apenas para que o sol fosse teu...

O que está feito, foi feito por ti,
nada se estraga, nada se destroi.
É a obra que se envenena, que definha,
sem sustento, sem amor, sem ti...
Matei tudo, será? Ou tudo morreu aos meus olhos?
Será que a matei? Fui eu que a matei? E porque olhas para mim?

As correntes não me libertam,
agarram a liberdade ao solo,
como um animal abatido.

Apenas um fio de luz, um toque de luar,
Somente isso te peço, o caminho de volta,
Ao teu abraço, ao teu espaço...

Nada parte e nada regressa,
Quando volto está tudo igual,
nem sempre posso dar o que quero
liberta-me para te poder amar.

Quero amar-te e rebentar com as leis da física,
Estrangular a gravidade, parar o tempo
E tu, que tanto tentas dizer,
nunca me chega, fica o vazio,
e apenas quero desmoronar este mundo,
feio e frio, somente para te amar

Posso te dar tudo que tenho,
Mas nunca será o suficiente para mim
O medo e raiva é apenas metade
Eu quero o todo…tudo em ti

Perdi a cabeça outra vez, na cobardia,
quando disse que sim, e nas mãos,
o sangue ainda quente do meu amor,
Está morto? Moribundo? Fugiu?
Será que ainda volta?


Foto :
http://www.olhares.com/Gracinha

21 maio 2008

Dupla escrita


Sou um vento sedento desesperado no deserto
Ou apenas a brisa que te desmancha o cabelo?
Destilado nas emoções tal como álcool,
Essência pura, perfume de vida que deixa de sofrer
e sobe no sangue… pela mente e pelo corpo

Sou meu e de mim mesmo, apenas,
ou serei teu e não o sabes?
Mato o meu amor hoje, vais chorar por mim?
Não o faças, quero as tuas lágrimas como pérolas nas rosas,
petrificadas eternamente no túmulo onde eu também não vou chorar.

Mato tudo que sabes e serás como eu sou,
Ou será que viverei tudo o que tens e serei como tu?

Perdi a minha mente outra vez esta noite,
num corpo desconhecido, orgasmo com sabor a assassínio,
sofres por mim? Não o faças, segura apenas a minha mão.
Um tumor de remorsos rebenta na minha cabeça,
Serias capaz de mentir, salvar-me da perdição? Por mim?
Ou por nós?

E agora que fizeste tudo isso e eu te deixei ir,
Eu volto ao deserto de emoções que antes fui,
E sim, agora chora por mim, pois eu não sei fazê-lo,
sem remorsos, foi a mim que matei,
Chora e mente por mim… Dá-me simpatia… dá-me calor,
pois eu não sei dar, nada tenho para dar.

Foto:
http://www.olhares.com/Maddie

20 maio 2008

Teste 1



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