16 junho 2008

Chuvas de azul celestial


Talvez te dê mais um sorriso, ou simplesmente mais nada...

Faço-te esquecer és única, somente para poderes ser tu a sabê-lo,

Especial...é ficar com esse olhar beijado no meu,

Faço brilhar o calor da tua mão na minha,

buscas o infinito nos últimos raios de sol,

e nele está o reflexo do meu amor por ti

O teu cabelo imóvel a passagem da brisa, imóvel...preso no meu coração.
O momento livre e único, aquele doce veludo que escapa do céus,
que por momentos entra em nós, e nos faz sentir que somos um do outro.
Que nos invade a alma com paz, e ao dizer amo-te, entrego-me, nu.

Tudo isso gravado na memoria...
O dia em que te amei...
O dia em que sonhas-te que me amavas...
O Sentimento que saiu de ti, para sempre,
Regressou ao céu onde pertence.

Agora és livre para voltar a brilhar, brindar com a tua luz...

Eu, esmoreço, tal estrela cadente, caindo suavemente na areia
Olho o céu ... recebo o teu brilho e o teu sonho...
de ser eternamente teu

Foto:
www.olhares.com/paulomed

06 junho 2008

Livre em azul sangue


A espada tombada, suja de sangue
nunca mais eu vou trazer-te o sorriso ao olhar...
as flores que trazias no colo, o amor que davas de coração aberto
a inocência do olhar para sempre perdido, sim, eu sei, fui eu que o roubei.

Como podes ter partido assim, porque não lutaste?
Até a morte aceitas, submissa, de sorriso tímido...
E agora eu estou só, carregando o teu invólucro, vazio,
concha frágil, sem alma, para um dos céus que ainda brilham.

Porque ainda te vejo? E porque estás feliz?
Feliz e eu, tão vazio de ti, do teu calor, do teu ser.
Olha a minha volta…nada mais que o meu amor vive
já nem eu vivo sem ti…sobrevivo… deixo o coração bater...

Só me resta esta espada com a tua essência,
o teu sangue vermelho rubi manchando o aço.
Entra em mim e leva-me contigo,
Em breve, nem o sol brilhará, nem a lua sorrirá
o mundo está desfeito em lágrimas por ti.

Tu que sempre foste tão pacificadora,
não sejas a causa da destruição do meu mundo!
És amor e não ódio, és paz e não tormento,
És vida e não a minha ruína,
volta ou leva-me contigo antes deste sangue secar,
lamos os dois mergulhar no lago da esperança,
lavar as feridas passadas, sair e secar as asas
na brisa do amor imortal…

Foto : http://www.olhares.com/kp4050